Após grande sucesso nos EUA em 2024, o TikTok Shop, aba de compras do aplicativo da ByteDance, ainda não se encontrou neste ano na região. Para tentar retomar o desempenho do ado, a companhia chinesa acelerou a substituição de funcionários da vertical no país por gestores com histórico na China.

A ideia é replicar a bem-sucedida estratégia de e-comemrce adotada na Ásia, após resultados abaixo do esperado nas últimas semanas para o mercado norte-americano. O escritório do TikTok Shop, localizado em Bellevue, próxima à sede da Amazon, a a sofrer mudanças para tentar competir com os players dos EUA.
Desde o início do ano, reuniões aram a ocorrer em mandarim e a comunicação interna via Feishu — app corporativo da ByteDance — tem priorizado o idioma chinês, dificultando a participação da equipe norte-americana. Segundo informações da Bloomberg, mais de 100 colaboradores foram demitidos ou pediram demissão nos últimos meses.
A reestruturação ocorre também por conta da pressão regulatória dos EUA. Isso porque o governo norte-americano exige que a operação do TikTok no país se desvinculada da matriz chinesa e, por isso, a plataforma ainda está sob risco de banimento. A situação fez com que a própria Amazon cogitasse comprar a companhia nos EUA.
Além disso, o próprio ‘tarifaço’ entre China e os EUA também interferiu negativamente na situação do TikTok Shop.
Choques culturais e demissões 5g426p
A imposição do trabalho presencial integral no escritório de Bellevue, iniciada em fevereiro, também gerou insatisfação. Segundo relatos, a medida foi adotada após visita de Bob Kang, chefe global de e-commerce da TikTok, que encontrou o local com baixa ocupação.
O cenário de incertezas contribuiu para o enfraquecimento da moral interna. Desde então, dois ciclos de demissões ocorreram. Nico Le Bourgeois, responsável pela operação nos EUA, foi substituído por Mu Qing, executivo que atuava no Douyin — versão chinesa do TikTok — e que chegou aos EUA acompanhado de ao menos seis outros líderes com experiência na China.
As mudanças intensificaram questionamentos sobre o “Projeto Texas”, plano anunciado pela empresa para isolar as operações e os dados dos usuários americanos da supervisão chinesa.