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Correios têm prejuízo de R$ 1,7 bilhão no 1º trimestre de 2025 1t6i3m

Por: Amanda Lucio 2q575k

Jornalista e Repórter do E-Commerce Brasil

Os Correios registraram prejuízo de R$ 1,7 bilhão no primeiro trimestre de 2025, mais que o dobro do resultado negativo apurado no mesmo período do ano anterior. A piora no desempenho financeiro ocorre em meio à queda de receitas e aumento das despesas operacionais da estatal.

Correios
(Imagem: Divulgação)

A receita líquida com a venda de produtos e serviços foi de R$ 3,9 bilhões, recuo de 12% em relação a igual trimestre de 2024. Um dos destaques negativos foi o segmento de postagem internacional, que encolheu 58%, somando R$ 393 milhões.

Nas demonstrações financeiras divulgadas pela empresa, os Correios apontam o cenário competitivo do setor como um dos fatores que exigem inovação e modernização. “O fortalecimento da relação com o Estado e a busca por novas fontes de receita no setor privado também são medidas fundamentais para garantir a sustentabilidade financeira no longo prazo”, afirmou a companhia.

As receitas financeiras também caíram 46% no período, totalizando R$ 50 milhões. A retração foi impulsionada pela menor rentabilidade das aplicações financeiras da empresa.

Enquanto isso, o custo com serviços prestados subiu 3,1%, alcançando R$ 4 bilhões. A principal despesa continua sendo a folha de pagamento, que teve aumento de 8,6%, chegando a R$ 2,7 bilhões. Segundo os Correios, a alta nos custos com pessoal decorre do reajuste salarial de 4,11% para mais de 55 mil empregados e da gratificação de 70% sobre as férias, definidos pelo Acordo Coletivo de Trabalho de 2025.

A estatal afirma manter o compromisso com a universalização dos serviços postais e que tem adotado ações de curto e médio prazo para conter despesas, modernizar a infraestrutura e diversificar fontes de receita. Entre as iniciativas destacadas estão o compartilhamento de unidades operacionais, revisão de contratos, otimização da malha logística, busca por investimentos internacionais voltados à inovação tecnológica e a expansão no segmento de encomendas.

Outras frentes incluem o lançamento do marketplace próprio e o desenvolvimento de soluções para o setor público e clientes do comércio eletrônico.

Apesar dos desafios operacionais e concorrenciais, os Correios destacam que sua natureza estatal e a proteção legal impedem a descontinuidade dos serviços, assegurando a estabilidade e continuidade das atividades da empresa.