Há alguns meses eu descobri e venho acompanhando o podcast Papo Íntimo, apresentado pela Sandra Chayo, Diretora do Grupo HOPE.
O conteúdo é sempre muito bom, mas, desta vez, um episódio em especial me chamou a atenção: a entrevista cedida pelo José Luis Fernandes, CEO da empresa.

Tanto a Sandra quanto o José trouxeram vários insights valiosos, mas duas palavras que ele disse durante a gravação estão ressoando bastante na minha cabeça: “rito e ritmo”.
Talvez isso esteja acontecendo porque, no contexto do varejo com o qual lido diariamente, sempre me deparo com dois cenários recorrentes:
– De um lado, há empresas com ritos bem definidos, mas que acabam travando o crescimento com excesso de burocracia.
– Do outro, há negócios que crescem rápido, mas de forma desordenada, justamente por não seguirem nenhum rito claro.
Na prática, qualquer uma dessas situações traz problemas, e o ideal é encontrar um ponto de equilíbrio entre elas.
Como a HOPE encontrou esse equilíbrio? 3o4i5h
No podcast, o “Zé” e a Sandra relataram um pouco sobre as decisões muito bem ponderadas de entrar no varejo, investir em franquias, criar o e-commerce e até tomar atitudes mais ousadas, como contratar a modelo Gisele Bündchen.
Eles destacaram como as opiniões e o direcionamento do senhor Nissim Hara, fundador da marca, foram cruciais para a construção de ritos que impulsionaram o ritmo de crescimento do negócio de forma consciente.
E hoje, seguindo a HOPE nas redes sociais, eu observo o quanto o grupo, de fato, consegue balancear bem todos os seus planos de expansão.
Para ilustrar, é possível citar resultados concretos.
Em março deste ano, o José (CEO) disse que a HOPE atrai, em média, 25% de novos clientes a cada mês nas lojas. E há algumas semanas, a empresa comemorou a conquista do seu 17º Selo de Excelência em Franchising (SEF), um reconhecimento que reforça o sucesso da marca.
Vale ressaltar ainda que a HOPE, com mais de 300 operações, é uma marca franqueadora que oferece oportunidades reais de crescimento, com faturamento médio anual de R$ 1,5 milhão.
Entre a urgência e a visão de longo prazo 1p691q
Apesar de o exemplo da HOPE inspirar, eu preciso deixar claro que não existe uma “receita de bolo infalível”.
Cada varejista deve construir seus próprios ritos, coerentes com sua cultura, ambição e momento de negócio.
Mas uma coisa é certa: crescimento sustentável exige mais do que boas ideias. Exige cadência, disciplina e alinhamento entre as áreas. Sem isso, a empresa vira um jogo de “apagar incêndios” e perseguir metas de curto prazo.
Inclusive, foi isso que me fez gostar mais desse episódio do Papo Íntimo: a capacidade da HOPE de conciliar visão de longo prazo com execução imediata e célere.
Rito e ritmo, nesse contexto, deixam de ser palavras bonitas. Viram um sistema operacional de negócios. Um roteiro que separa as marcas que somente crescem daquelas que verdadeiramente amadurecem.
E por aí, ritos e ritmos estão alinhados? Se não, o que falta para isso acontecer? Caso queira aprofundar o papo sobre essas ou outras questões, fique à vontade para me enviar uma mensagem privada no Linkedin.
Será um prazer conversarmos. Até a próxima!