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Search Experience Optimization: o novo pilar da conversão no e-commerce (SXO) 5v676u

Por: Rodrigo Cursi de Carvalho 6x2o4f

Co-CEO e CXO na FRN³

Rodrigo Cursi é Co-CEO, CXO (Chief Experience Officer) e co-fundador da FRN³, empresa especializada em desenvolvimento digital. Com formação em Design de Games e Gráfico e Pós-graduação em Design: Conceito e Aplicação, possui 15 anos de experiência nas áreas de Interface (UI), Experience (UX), branding, e-commerce e aplicativos. Ao longo de sua trajetória, atuou como Diretor de Arte e Criação, liderando projetos de diversos segmentos e tamanhos, com foco em soluções criativas e de alto impacto. Seu trabalho se destaca pelo gerenciamento de equipes criativas e squads especializados em mídia e desenvolvimento de projetos digitais. Atualmente, é especialista em UX e UI, com um portfólio robusto de mais de 500 projetos realizados.

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Se tem algo que aprendi ao longo de mais de 400 projetos digitais é que o clique no Google é só o começo – o que vem depois é o que realmente determina conversão. É aí que entra o SXO, ou Search eXperience Optimization. Não é só um novo jargão, é uma evolução natural do SEO, que agora caminha lado a lado com o UX.

Enquanto o SEO nos guiou por décadas para ranquear bem, o SXO nos desafia a converter melhor. Ele une o melhor dos dois mundos: visibilidade + experiência. Ou como costumo dizer nas reuniões com clientes: “Não adianta estar no topo do Google se o usuário não encontra o que precisa ao entrar no seu site.”

O que muda com o SXO? 5l5s1s

Velocidade e usabilidade am a ser protagonistas.
– O intuito de busca (search intent) vira o centro das decisões.
– O foco vai do tráfego para a conversão real e mensurável.

Essa abordagem mais holística tem ganhado espaço por um motivo claro: resultados. Um levantamento da SEMrush de 2023 apontou que sites que combinam SEO técnico com boas práticas de UX tiveram 53% mais conversões que sites otimizados apenas para mecanismos de busca.

Gráfico: impacto do SXO na taxa de conversão 4k2956

Veja o gráfico acima: notamos um crescimento consistente na performance de sites com SXO aplicado, enquanto os que se mantêm apenas com SEO estagnam ou até caem em conversão.

O Brasil nessa equação 3r1g2k

Apesar de ainda estarmos atrasados em relação a mercados como EUA e Reino Unido, o Brasil já começa a olhar para SXO com mais atenção. Plataformas como VTEX e Shopify vêm incorporando práticas nativas de usabilidade, e grandes players do varejo começam a investir mais pesado em jornadas fluidas e intuitivas.

E tem um motivo forte por trás: o consumidor brasileiro é multitela, ansioso e extremamente exigente. Segundo a Think With Google, mais de 50% dos consumidores abandonam um site que demora mais de três segundos para carregar, e isso afeta diretamente o funil de vendas.

Além disso, a variedade de dispositivos usados pelo consumidor impõe novos desafios: o que funciona no desktop pode frustrar no mobile, e vice-versa. O SXO, quando bem implementado, reduz atritos em qualquer tela, eliminando frustrações na experiência de navegação. No contexto brasileiro, essa preocupação ganha ainda mais peso, considerando a alta penetração do mobile nas compras online. Dados da Nielsen mostram que, em 2024, mais de 70% das transações digitais no país aram por algum ponto de contato via smartphone.

Outro ponto que merece destaque é o papel da busca interna como diferencial competitivo. Em mercados maduros, otimizar a busca interna já é prioridade e, no Brasil, essa tendência começa a se consolidar. Ferramentas de busca baseadas em IA ou NLP (processamento de linguagem natural) já são integradas a plataformas mais robustas, permitindo identificar padrões de comportamento e antecipar preferências do consumidor com maior precisão. Essa evolução transforma a busca interna em um motor de recomendação e descoberta, o que pode significar aumento de ticket médio e recorrência de compra.

O futuro do SXO 6o435y

Em um mundo onde a IA já nos ajuda a prever comportamentos, o SXO caminha para algo ainda mais sofisticado: experiências de busca personalizadas em tempo real. Imagine um e-commerce em que a busca interna entende sua intenção, seu momento de jornada e ainda oferece a melhor recomendação, como um vendedor afiado numa loja física.

Isso já não é futuro. Empresas como Amazon, Alibaba e até Mercado Livre vêm avançando nessa direção, misturando dados de comportamento, histórico e contexto de navegação para entregar experiências cada vez mais direcionadas. E isso não vale só para buscadores externos – a busca interna dos sites será cada vez mais um dos principais canais de conversão, exigindo relevância, performance e boa arquitetura de informação.

Com isso, o SXO se torna também um campo de experimentação para squads multidisciplinares. Times de marketing, produto, tecnologia e UX precisam colaborar com foco em microinterações, testes A/B e análises contínuas de comportamento. Quanto mais integrado esse ecossistema, maior a capacidade de resposta às mudanças de comportamento do usuário.

Não se trata mais de otimizar páginas isoladas, mas de criar jornadas coerentes, que façam sentido do primeiro clique à finalização da compra – e mesmo além, na etapa de recompra ou indicação. Afinal, a experiência de busca não termina quando o usuário encontra um produto. Ela continua quando ele sente que encontrou valor.

Conclusão 1f6818

O SXO é mais do que uma sigla bonita – é uma mentalidade. Um convite para sairmos do foco em visitas e armos a construir experiências que convertem. E o melhor: quando bem aplicado, ele cria um ciclo virtuoso, no qual experiência e ranqueamento se retroalimentam.

Ao aplicar essa mentalidade em projetos, o resultado é claro: quanto mais fluida a experiência, maior o impacto no bolso.