Logo E-Commerce Brasil

Commerce Everywhere: a convergência de redes sociais, superapps e IoT no e-commerce 295u5l

Por: André Santos 5h3r5z

Consultor de Projetos Digitais - gestão, visão e estratégia 360°de e-commerce, omnichannel, logística, SAC, meios de pagamentos, performance, ERP, front e back end. Especialista em marketplaces e ferramentas de otimização de projetos digitais B2B, B2C e D2C. Professor de e-commerce, plataformas e cadastro de produtos na ComSchool.

Ver página do autor

O conceito de Commerce Everywhere está transformando a maneira como consumidores interagem com o comércio eletrônico, integrando a experiência de compra em praticamente todos os aspectos da vida digital. Em 2025, espera-se que essa convergência atinja um ponto em que plataformas como redes sociais, superapps e dispositivos conectados por Internet das Coisas (IoT) criem um ecossistema contínuo e interligado. Essa evolução, impulsionada pela crescente digitalização, demanda inovações tecnológicas, mudanças comportamentais e adaptações estratégicas por parte das empresas.

Saiba como o Commerce Everywhere está revolucionando o comércio eletrônico através da integração com redes sociais, superapps e dispositivos IoT.

A integração com redes sociais e superapps 1ts6x

O Commerce Everywhere vai além do modelo tradicional de e-commerce, que dependia de sites ou aplicativos dedicados. Ele pressupõe a integração de ferramentas de compra diretamente nas plataformas em que os consumidores já am grande parte de seu tempo. Um exemplo claro é o crescimento do comércio social em redes como Instagram, Facebook e TikTok. Essas plataformas não apenas exibem produtos, mas permitem transações diretamente nos aplicativos, criando uma experiência de compra imersiva. Segundo a Statista, o comércio social global deverá movimentar US$ 2,9 trilhões até 2026, mostrando o impacto dessa tendência no comércio eletrônico.

Superapps, como o WeChat, desempenham um papel central nesse novo paradigma. Esses aplicativos multifuncionais concentram diversos serviços, desde comunicação e entretenimento até pagamentos e compras, dentro de uma única interface. Na China, por exemplo, o WeChat já revolucionou o comércio eletrônico ao permitir que usuários descubram produtos, interajam com vendedores, realizem pagamentos e até programem entregas sem sair do app. Embora o Ocidente ainda não tenha adotado totalmente essa abordagem, há sinais de que superapps semelhantes possam emergir em breve, especialmente com o avanço de empresas como PayPal e Meta em direção a soluções integradas.

O papel da Internet das Coisas 4j5av

Ao mesmo tempo, a IoT está ampliando o conceito de comércio ubíquo. Dispositivos conectados, como geladeiras inteligentes, termostatos e assistentes de voz, oferecem novas maneiras de os consumidores interagirem com o comércio eletrônico. Um exemplo notável é o uso de assistentes virtuais como Alexa, Siri e Google Assistant para realizar compras por comando de voz. Segundo a Juniper Research, as transações por assistentes de voz devem superar US$ 19 bilhões até 2023, demonstrando como essa tecnologia está ganhando espaço rapidamente. Além disso, dispositivos IoT são capazes de antecipar necessidades do consumidor. Uma geladeira inteligente pode monitorar o nível de estoque de alimentos e encomendar reposições automaticamente, simplificando o processo de compra e reduzindo a necessidade de intervenção humana.

Embora promissoras, essas inovações apresentam desafios significativos, sobretudo no campo da segurança de dados. A integração de diversas plataformas e dispositivos aumenta os pontos de vulnerabilidade, expondo consumidores e empresas a riscos cibernéticos. Segundo um estudo da McAfee, cerca de 50% das empresas relatam dificuldades para garantir a segurança em dispositivos IoT. Isso destaca a necessidade de implementar protocolos de cibersegurança robustos e padronizados.

Outro desafio importante está relacionado à interoperabilidade entre plataformas. À medida que o ecossistema de Commerce Everywhere cresce, surge a necessidade de garantir que diferentes sistemas – de redes sociais a superapps e dispositivos IoT – funcionem de maneira harmônica. Essa interoperabilidade depende de avanços em padrões tecnológicos e colaboração entre empresas de diferentes setores.

Do ponto de vista comercial, o Commerce Everywhere apresenta oportunidades significativas para as marcas. A possibilidade de coletar dados de diferentes pontos de contato com o consumidor permite níveis inéditos de personalização. A Deloitte aponta que consumidores têm 80% mais chances de comprar de marcas que oferecem experiências personalizadas. Além disso, modelos de negócios baseados em IoT, como s automatizadas ou serviços baseados em demanda, podem gerar novas fontes de receita.

A integração de redes sociais, superapps e IoT no comércio eletrônico representa não apenas uma evolução tecnológica, mas uma mudança de paradigma na forma como compras são realizadas e experiências são construídas. Para as empresas, adaptar-se a esse novo cenário significa investir em inovação, segurança e parcerias estratégicas. Para os consumidores, significa uma experiência de compra mais fluida, conveniente e conectada ao dia a dia digital. Em um mundo onde o comércio se torna verdadeiramente onipresente, o futuro do e-commerce é promissor, mas também desafiador.

Fontes:

– Statista: Previsões sobre comércio social global.

– Juniper Research: Dados sobre transações via assistentes de voz.

– Deloitte: Relatório sobre personalização no consumo.

– McAfee: Relatório de segurança cibernética em dispositivos IoT.