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Cibersegurança na era digital: a confiança como pilar 6yy4u

Por: Ana Lucia Magliano 1x4238

Ana Lucia Magliano é vice-presidente executiva de Serviços da Mastercard para a América Latina e o Caribe, reportando-se ao presidente regional. Nesse cargo, lidera a equipe responsável por implementar um portfólio exclusivo de capacidades baseadas em dados e soluções de cibersegurança, com o objetivo de ajudar os clientes a tomar decisões mais inteligentes e oferecer interações seguras e sem fricção. Ana Lucia ingressou na Mastercard em 2011 como vice-presidente do departamento de Dados e Serviços no Brasil. Antes de assumir sua posição atual, atuou como vice-presidente sênior de Desenvolvimento Global de Produtos para a Banca de Varejo e como vice-presidente sênior de Desenvolvimento de Negócios da área de Consultoria (Mastercard Advisors). Antes de entrar na Mastercard, Ana Lucia trabalhou na Booz & Company, liderando projetos complexos de consultoria que abrangiam uma ampla variedade de temas, como formulação e planejamento estratégico, organização e governança corporativa, desenho e definição de modelos de negócio, além de redesenho e otimização de processos para diversas empresas dos setores público e privado. Ana Lucia possui MBA pela Universidade de Columbia, em Nova York, e é formada em Engenharia Mecânica pela Universidade de São Paulo.

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A digitalização avança a os largos e, com cada avanço, surgem novos desafios. O risco cibernético e as ameaças digitais evoluem constantemente com novas táticas impulsionadas por inteligência artificial e redes criminosas sofisticadas, colocando em risco a confiança, o crescimento e a segurança do ecossistema digital. Não se trata apenas de proteger transações, mas de assegurar cada interação. Sem confiança, a digitalização não pode prosperar.

Pessoa usando um tablet com ícones digitais que representam segurança da informação e proteção de dados.
Imagem: Freepik.

Cibersegurança: um desafio global em crescimento m6p1q

Os cibercriminosos encontraram na IA uma ferramenta poderosa para sofisticar seus ataques. Deepfakes, phishing automatizado e fraudes em grande escala tornam o crime organizado digital não apenas mais eficaz, mas também mais difícil de rastrear. Os números são alarmantes:

– Em 2023, as perdas por fraudes online alcançaram US$ 1 trilhão em todo o mundo.
– Estima-se que o custo do cibercrime mundial chegue a US$14 trilhões até 2028, o que o tornaria a terceira maior economia do mundo.
– As fraudes continuam sendo uma ameaça significativa e crescente, com quase metade dos consumidores globais sofrendo pelo menos uma tentativa por semana.
– Segundo a empresa de cibersegurança Cybersecurity Ventures, o custo global dos ciberataques em 2023 foi de US$ 6 trilhões, e a previsão é que esse número aumente para US$ 10 trilhões em 2025.
– Na América Latina, vazamentos e violações de dados atingiram um custo médio de US$ 2,46 milhões – um recorde histórico para a região e um aumento de 76% desde 2020, segundo o estudo Cost of a Data Breach (America Economia – edição especial sobre Cibersegurança – março de 2024).

Esses dados reforçam a necessidade de uma abordagem mais estratégica em cibersegurança, que permita antecipar ameaças em vez de apenas reagir a elas.

Rumo a um ecossistema digital mais seguro 2d4y43

Para isso, a segurança digital deve ser parte integrante da missão da empresa, e ela envolve três pilares fundamentais:

1. Avaliar: dar visibilidade aos riscos cibernéticos.
2. Proteger: implementar tecnologias avançadas para mitigar ameaças. A IA e o monitoramento em tempo real são ferramentas essenciais para prevenir ataques.
3. Organizar um ecossistema de confiança: a luta contra o cibercrime não pode ser feita isoladamente. São necessárias alianças entre empresas, governos e organizações para compartilhar inteligência e criar padrões de segurança mais robustos.

A capacidade de rastrear padrões de ciberataques globalmente é crucial. Hoje, é possível detectar um ataque no Brasil, rastrear sua movimentação até a Indonésia e analisar sua reincidência na Alemanha. Esse nível de conectividade e análise preditiva é fundamental para antecipar ameaças emergentes e fortalecer a resiliência digital.

A IA como aliada na luta contra fraudes 5nc4u

Enquanto os cibercriminosos usam IA para aprimorar seus ataques, a inteligência artificial tornou-se uma aliada poderosa na segurança digital. Soluções de IA generativa podem permitir:

1. Aumentar a taxa de detecção de cartões comprometidos.
2. Reduzir consideravelmente os falsos positivos na detecção de fraudes.
3. Aumentar de forma significativa a velocidade de identificação de comércios em risco.

Essas inovações fortalecem a segurança e melhoram a experiência do usuário, reduzindo fricções e aumentando a confiança em cada transação.

Um chamado à ação: a segurança é uma responsabilidade compartilhada 6i4e3z

Em um mundo cada vez mais interconectado, a confiança é o ativo mais valioso. Sem segurança, as oportunidades da digitalização podem ser comprometidas. Hoje, mais do que nunca, garantir a segurança do ecossistema digital exige inovação, cooperação e uma abordagem preventiva.